terça-feira, 4 de setembro de 2012

Além do que se vê

A lâmpada acesa na casa azul... Já é noite e não se cansa ou se descansa.
Foi-se o arrebol, vermelhidão do sol, sem avisar se ficava ou se ia.
O brilhar inútil não revela o quão fútil é esse falar sem filosofia.

Para agora e olha: não foi melhor assim?

Não foi pelo manto negro da noite que tudo teve fim.
Depois de desviarmos o olhar de nós, pudemos olhar para o céu.
A nebulosa escrita em estrelas cadentes agradecia o que aconteceu.

E foi de manhã que a luz da lâmpada vã se extinguiu.

Gabriel Bernardi





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