domingo, 19 de fevereiro de 2012

Fio condutor

É possível dizer que chegamos ao fim de algo. Talvez precisemos analisar melhor isso. Quando algo termina? O que é esse algo? Ele algum dia realmente existiu, ou não passou de um fruto da nossa imaginação? E, se, deveras, ele veio de nossa mente e tornou-se símbolo, por que não existiria então? Mesmo o que não vemos ou não sentimos existe. Se perdemos de vista um carro na rua, isso não quer dizer que ele tenha sumido, como já dizia certo escritor. E se não sumiu, para onde foi? São essas as questões que me coloco agora que algo “chegou ao fim”, para então poder distinguir o fio condutor que existe – ainda que eu não o veja – e poder me guiar por ele da mesma forma que foi no passado, mas que, deste momento em diante, tomará rumos diferente, outras estradas, outros mares...

Mas é sempre ele o condutor, pois quem ou o que, senão uma máquina, consegue controlá-lo? Não desejo isso de forma alguma, e a liberdade foi o meu maior aprendizado.


Gabriel Carvalho

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