sábado, 14 de julho de 2012

Da maior importância


Numa plataforma de trem esperando o expresso,
enquanto as únicas coisas que passam
depressa - até voando -
são as impressões da estadia.
Precisaria ele se distanciar para senti-las;
para sentir falta e sonhar?
Phatos da distância?
Sintoma patológico?
Mas não é lógico que,


para uma espécie tão complexa,
tão simples, difícil,
o amor surja na falta?
A final: se o encontramos,
o que mais desejar?
Afaste-se!
Ou a morte será a próxima parceira
disfarçada com seu codinome mais cruel:
Cotidiano.


Gabriel Bernardi

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