quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Cem horas

Prenda-me,
mas se te chamares Noite
e tiveres unhas negras
para cravar em minhas costas.

Tu que és Tarde,
contigo terei momentos a sós,
sós com as árvores,
os pássaros, as calçadas e só.

De que adiantam as horas,
se quando a Música me alcança,
tudo o mais se apaga
em ritmos de lembrança?

Sinto muito, senhoras,
por não amá-las divididas.
Pois todas as suas faces,
encontro numa só Vida.

Gabriel S. C. Bernardi



Nenhum comentário:

Postar um comentário