Um tanto perplexo com o pouco
de energia que tu não desprendes
desse belo corpo para chegares
até mim, tendo eu feito
loucos caminhos até você.
O que digo? Não era para ser isso
um deleite, um desfrute, uma excitação?
E foi, e algo que foi já não o é.
Cansei de ficar só parado só.
Já lá se foram palavras, filmes, carinhos.
Já comigo ficam poesias, chocolates, beijos
nunca dados, dados não registrados.
de energia que tu não desprendes
desse belo corpo para chegares
até mim, tendo eu feito
loucos caminhos até você.
O que digo? Não era para ser isso
um deleite, um desfrute, uma excitação?
E foi, e algo que foi já não o é.
Cansei de ficar só parado só.
Já lá se foram palavras, filmes, carinhos.
Já comigo ficam poesias, chocolates, beijos
nunca dados, dados não registrados.
Mar, mar, mar:
que tanto tenho repetido essa mesma palavra?
Pareço um desses pássaros falantes
desses que poderiam voar
não fossem as gaiolas as que adentraram.
É bonito um bichinho de estimação...
É deveras bonito, decerto, a prisão...
Mas, mas, mas:
a gaiola esteve sempre aberta
eu que esperei quem estava lá fora
se encantar pelo meu falatório.
Palavras cíclicas não me tiraram daqui
seu olhar rubi é a pedra a pesar meu coração.
que tanto tenho repetido essa mesma palavra?
Pareço um desses pássaros falantes
desses que poderiam voar
não fossem as gaiolas as que adentraram.
É bonito um bichinho de estimação...
É deveras bonito, decerto, a prisão...
Mas, mas, mas:
a gaiola esteve sempre aberta
eu que esperei quem estava lá fora
se encantar pelo meu falatório.
Palavras cíclicas não me tiraram daqui
seu olhar rubi é a pedra a pesar meu coração.
Cansei, cansei e voei, e agora não será
tão fácil voltar, pois me falta querer.
O interessante disso tudo foi um vislumbre
um entreolhar para além do presente
uma vontade que cresceu dentro de mim
um querer aquém dos presentes.
Minha realidade virá narrada ao vento
a brisa no céu não me trás lamento
não sinto o mar, mas o vejo bem lá embaixo
não fixo o olhar, sigo e sossego o meu facho.
Esse vislumbre do que nunca vi, esse
amor pelo que nem sei
- tudo humano, demasido humano,
- voando sobre humanos busco outros como eu
busco quem bata asas num ritmo tão natural
que ao nos encontrarmos será como se já
ali estivéssemos libertos de todo o mal.
tão fácil voltar, pois me falta querer.
O interessante disso tudo foi um vislumbre
um entreolhar para além do presente
uma vontade que cresceu dentro de mim
um querer aquém dos presentes.
Minha realidade virá narrada ao vento
a brisa no céu não me trás lamento
não sinto o mar, mas o vejo bem lá embaixo
não fixo o olhar, sigo e sossego o meu facho.
Esse vislumbre do que nunca vi, esse
amor pelo que nem sei
- tudo humano, demasido humano,
- voando sobre humanos busco outros como eu
busco quem bata asas num ritmo tão natural
que ao nos encontrarmos será como se já
ali estivéssemos libertos de todo o mal.
Gabriel S. C. Bernardi
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