Chove e o clima, como o constructo de mais elevado grau de altruísmo, pede que eu fique ao lado dela, que a enalteça, que não lhe feche a porta. Chora, chora nuvem celeste. Não há quem se preste a lhe acalmar. O pranto que escorre é água do mar. "Fico!", assim ninguém se machuca: nem eu com seus raios e trovões, nem você, pobre chuva, dilacerada de culpa, e nem a casa - de abandonada.
Gabriel S. C. Bernardi
Não é por que tenho um guarda chuva tatuado no braço ou por que já dividi um em um dia de chuva..mas acho que este poema assim, corrido, foi o que eu achei mais lindo. De todos, a chuva é pensante.
ResponderExcluirMuito obrigado. Que bom que te agradou assim. Era um poema que tinha escrito há um tempinho e agora, aproveitando o clima propício e dando os devidos retoques, publico aqui.
ResponderExcluirNão só a chuva, mas quem comenta tão agradavelmente por aqui também deve ser pensante - e de coisas lindas.
Gabriel... por que escreve?
ResponderExcluir"[...] porque o instante existe [...]".
ResponderExcluir- Motivo, Cecília Meireles.
Sorria mais enquanto lê, sorriso também é poesia.
ResponderExcluirEstarei por perto, lendo seus momentos...