De longe via meia dúzia de cômodos acesos
Com meias luzes que observo de todo calado
À esquerda as ondas vão ao topo
Por sobre as costas desse corpo
Ou por sobre a costa litorânea e fria?
Sinto na mão uma gota breve de epifania
O sono que já é tanto
Sugere ser a realidade
A base de todo o encanto
Outro pingo na face, outro na orelha
Quando findo uma fase, outra se esguelha
As luzes são confusas e a torrente
Tentando imitar difusa o invisível
É o manto a limitar o consciente
Será que o edifício continua ali?
Alguém me observa e me espera lá?
Já vi que durmo... Algum dia vivi?
Na hora em que o claro serpenteia o escuro
Vejo vasto o espaço por entre os tons
No entanto não é no alto prédio meu futuro
Mas no que tudo faço com meus próprios dons.
Gabriel S. C. Bernardi
Estamos eu e minha irmã lendo e só resta dizermos juntas "-Ele é muito bom."
ResponderExcluirPor mim, em todos os sentidos.