Vi que faltava um ponto, mas não quis dar bola.
Não sei se a desatenção o alimentou, mas este
sinal que fugiu do meio do meu texto
quis atrapalhar todo o transcorrer do enredo.
Um pobre ponto, no final das contas.
O que seria dele se não fossem as palavras?
Sua ausência se faz presente sem que a escrita
deixe de existir. Além disso, eu sou o autor aqui.
Gabriel Bernardi
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sexta-feira, 12 de abril de 2013
quarta-feira, 20 de março de 2013
Eterno retorno
Acordei assim meio confuso
sem saber se havia mudado o fuso
do meu horário
ou se o fuso era o corpo de uma mulher
espetando a agulhadas o imaginário
delírio de se ter a quem se quer.
Meu corpo estava descansado
a mente não
Num momento de lucidez pensei
e assim era o meu estado:
suava frio pelas mãos
Foi dando voltas e voltas que enfim voltei.
sem saber se havia mudado o fuso
do meu horário
ou se o fuso era o corpo de uma mulher
espetando a agulhadas o imaginário
delírio de se ter a quem se quer.
Meu corpo estava descansado
a mente não
Num momento de lucidez pensei
e assim era o meu estado:
suava frio pelas mãos
Foi dando voltas e voltas que enfim voltei.
Gabriel S. C. Bernardi
sábado, 19 de janeiro de 2013
Cena na biblioteca
- Ainda bem que o pensamento não tem som!
Ouço um resmungo em resposta.
- Perdão. Pensei alto.
Gabriel S. C. Bernardi
domingo, 2 de dezembro de 2012
Más caras
Há exposições e exposições... A hipocrisia tende a distorcer muitos aspectos no trato social. "Mostrar" quem se é, sem temer o julgamento alheio, poderia ser descrito com a expressão "dar a cara à tapa". "Parecer mostrar" quem se é já se trataria de uma inversão, uma confusão mesmo de quem o tenta fazer, pois é inseguro e não tem muita autonomia sobre o que faz - então dá-se a "tara à capa". Ou seja: esconde-se o desejo com uma capa, dando uma nova e irreal face ao sujeito que se disfarça. Da mesma forma, é preciso de um olhar aguçado por conta de quem interage ou observa semelhante pessoa. Seria apenas uma brincadeira de máscaras ou um jogo de más caras?
Gabriel S. C. Bernardi
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Adiante de si
Quantas árvores estão à frente,
Atravancando os passos do presente?
Quantas transposições a superar,
Desde o balanço até o altar?
Se essas perguntas me fossem
Feitas,
Seria um médico prescrevendo
Receitas.
"Para sua alma de olhos falhos:
Lentes para enxergar os galhos".
"Para o sedentarismo intelectual:
Livros - que melhores degraus?".
Atravancando os passos do presente?
Quantas transposições a superar,
Desde o balanço até o altar?
Se essas perguntas me fossem
Feitas,
Seria um médico prescrevendo
Receitas.
"Para sua alma de olhos falhos:
Lentes para enxergar os galhos".
"Para o sedentarismo intelectual:
Livros - que melhores degraus?".
Gabriel S. C. Bernardi
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