Perceba: do limpo e casto sabão
Há de vir o sujo caos da explosão.
Gabriel S. C. Bernardi
Pegue de volta tudo que levaram
É possível dizer que chegamos ao fim de algo. Talvez precisemos analisar melhor isso. Quando algo termina? O que é esse algo? Ele algum dia realmente existiu, ou não passou de um fruto da nossa imaginação? E, se, deveras, ele veio de nossa mente e tornou-se símbolo, por que não existiria então? Mesmo o que não vemos ou não sentimos existe. Se perdemos de vista um carro na rua, isso não quer dizer que ele tenha sumido, como já dizia certo escritor. E se não sumiu, para onde foi? São essas as questões que me coloco agora que algo “chegou ao fim”, para então poder distinguir o fio condutor que existe – ainda que eu não o veja – e poder me guiar por ele da mesma forma que foi no passado, mas que, deste momento em diante, tomará rumos diferente, outras estradas, outros mares...